A nova carteira de identidade poderá conter os dados de 12 documentos distintos e ainda QR Code, o que aumentará a segurança do documento.
A carteira de identidade, ou registro geral, como também é conhecido esse documento de identificação, vai mudar nos próximos meses. Porém, ainda não será para o modelo moderno de cartão com chip que foi anunciado pelo governo há um ano.
A nova versão permanece sendo fabricada com papel moeda. Porém, ela será bem mais completa, sendo possível agregar dados de 12 documentos distintos, como o certificado de reservista, PIS, carteira de trabalho e título de eleitor.
Até mesmo os dados de entidades de classe como a Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia e Conselho Regional de Medicina, podem fazer parte do novo modelo.
E tem mais! O nome social usado por transexuais e transgêneros, tipo sanguíneo e deficiências também fazem parte da lista de dados que podem ser adicionados.
É claro que para que tais informações sejam inseridas no novo modelo de carteira de identidade, é preciso haver a comprovação de dados por parte da pessoa que está requerendo.
No que diz respeito à segurança, essa atualização traz alguns complementos visando mais proteção e um nível maior de dificuldade para falsificadores. Por exemplo, há mais detalhes de que reagem à presença de luz ultravioleta, QR Code que servirá para que as autoridades possam verificar a autenticidade do documento, código de barras que, ao ser fotografado em apps específicos, poderá acessar uma página da internet previamente determinada.
De acordo com informações do portal de notícias G1, o novo modelo de RG já está sendo emitido em oito estados e no Distrito Federal. No caso dos estados temos Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Maranhão, Goiás, Ceará e Acre.
A expectativa é de que até o final de 2020, todos os estados brasileiros já estejam preparados para oferecer a nova carteira de identidade.
É importante lembrar que a atualização não faz com que os documentos antigos percam a validade. Sendo assim, é possível continuar usando-os por todo o país sem nenhum problema.
Alteração de dados
As pessoas que são casadas e se divorciam voltando a utilizar seus nomes de solteiro, precisam requerer a emissão de um novo documento, pois houve essa alteração e geralmente, elas fazem isso.
Porém, o que pouca gente sabe é que os filhos do casal também podem mudar o nome do genitor, caso tenha se casado novamente e assumido outro nome. É importante ficar de olho nessa situação para evitar dores de cabeça no futuro. Por exemplo, o filho precisar de um financiamento e o nome de casado de sua mãe ser outro que não aquele de seu RG. Cada situação precisa ser avaliada para se evitar divergências.
Validade
O documento de identidade ou RG não possui um prazo pré-determinado de validade. Por outro lado, as informações ali constantes devem estar adequadas para que seu portador possa ser identificado. Se a identificação é prejudicada ou até impossível, ela acaba perdendo sua funcionalidade. Por exemplo, no caso da pessoa ser adulta e sua foto ainda ser de quando era criança. Para atualizar os dados, basta solicitar uma segunda via.
É interessante ressaltar que o RG pode ser usado como identificação para viagens entre alguns países integrantes do Mercosul. Porém, voltamos ao ponto anterior: se o documento gerar dúvidas, ele já não pode ser usado.
A Polícia Civil do estado de Minas Gerais, recomenda que a carteira de identidade seja trocada todas as vezes em que seu estado de conservação cause problemas para a compreensão das informações, bem como com o passar do tempo ou quando o portador passar por mudanças significativas no visual.
Com isso, alterações grandes no peso, uma mudança drástica no cabelo, dentre outros aspectos estéticos, podem ser motivo para uma troca.
Por fim, a dica de cuidar muito bem dos dados pessoais vale para todas as situações. Seja com o modelo de carteira de identidade antigo ou novo, é preciso evitar que terceiros tenham acesso, para que informações sobre a pessoa não sejam usadas de forma indevida!
Por Denisson A. Soares